terça-feira, 5 de setembro de 2017

UMA NOVA GUERRA FRIA

Após a Segunda Guerra Mundial, que terminou no ano de 1945, iniciou-se uma corrida internacional pelo poder, onde ficaram frente à frente o capitalismo e o socialismo, os Estados Unidos da América e a recém criada União Soviética. Era a famosa “Guerra Fria”.  Havia uma corrida armamentista, espacial, financeira, ideológica  e tecnológica. Porém, os dois lados estavam cientes que, caso houvesse uma guerra concreta, essa usaria o incrível poder das bombas atômicas. Sendo assim, haveria muito mais perdas do que ganhos de ambos os lados. O que havia eram mais espionagem, boatos, vaidade e blefes do que uma real chance de acontecer uma terceira guerra mundial.
          Hoje, ano de 2017, passados 72 anos do final da segunda guerra mundial, nós estamos presenciando rumores de uma nova guerra. A Coréia do Norte ameaça os Estados Unidos com a possibilidade de lançar mísseis carregados com a bomba de hidrogênio. Para o nosso conhecimento, a bomba de hidrogênio pode chegar a cinco mil vezes o poder da bomba atômica que arrasou as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Para os especialistas, o lançamento dessa bomba poderia arrasar cidades num raio de 2 mil quilômetros. Sem falar que, simultaneamente, os efeitos nefastos da bomba de hidrogênio poderiam aniquilar quase toda vida humana no planeta. Pois, além de contaminar a atmosfera com a radiação liberada, descontrolaria o clima, o ecossistema e poderiam causar uma mudança no eixo do planeta. Sendo este último fator, caso seja alterado, seria responsável pela maior rotação do planeta e ocorreriam conseqüências muito mais catastróficas.
          Então, neste exato momento, a humanidade, eu, você, todos nós estamos vivendo uma história, onde o nosso planeta corre real perigo de ser destruído. Estamos nas mãos de alguns dirigentes de países que se agridem para mostrar poder e impor condições para seus negócios. EUA, Rússia, Coréia do Norte, Coréia do Sul, China, Japão e países da União Européia debatem na ONU qual a melhor solução para o impasse. De um lado o ditador norte coreano Kim Jong Um e do outro o presidente americano Donald Tramp, que travam uma batalha de ameaças, ofensas, retaliações, sanções e, porque não, uma "Nova Guerra Fria".
         E aqui, no nosso Brasil, estamos acompanhando o desenrolar dessa história, que não é um filme, nem uma história fictícia, mas, mais um capítulo da animalidade do ser humano em busca do seu eterno interesse pelo poder, pelas conquistas. Como espectadores, resta-nos torcer e rezar para que surja, entre eles, alguém com bom senso e levante a bandeira da paz, do perdão, da tolerância e do amor.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

A UNIDADE DA SOCIEDADE CONTRA A VIOLÊNCIA

Parece que estamos “chovendo no molhado”. Esta expressão define de modo popular, o que presenciamos nos noticiários sobre a criminalidade e os atos de violência que afloram pelo país afora.
Diante de estatísticas alarmantes, parece que governo e sociedade estão anestesiados e sem rumo. Vejamos as realidades que estimulam a violência no nosso país: População trabalhadora desarmada x criminosos armados até os dentes; Grande índice de crimes x ineficácia ou insuficiência das penitenciarias; Criminosos com armas avançadas x polícia com armas obsoletas ou insuficientes; Grande quantidade de prisões e apreensões de menores x desatualização e ineficiência do Código Penal; Fortalecimento do tráfico de drogas x falta de políticas para o combate ao crime organizado. Além dessas realidades, existem outras que colaboram para tornar o ambiente propício para o aumento da criminalidade, como é o caso das políticas sociais que ocasionam o desemprego, a desigualdade social e a desordem.
Todos nós que formamos a sociedade brasileira devemos participar ativamente das soluções para superar esse câncer que há muito tempo vem desfigurando as famílias e minando as esperanças de construirmos um grande país. Para isso, uma boa sugestão é a organização de fóruns nacionais sobre as políticas públicas para combater a violência. Para tanto, fica imprescindível a participação dos especialistas em segurança pública, como os profissionais do Ministério Público, Judiciário, Polícia Militar e Civil, além dos membros do poder executivo e legislativo, e também todos aqueles cidadãos e cidadãs da sociedade que poderão colaborar para uma busca qualitativa e eficiente para o combate a violência no Brasil, respeitando as desigualdades regionais e as realidades dos tempos atuais, além de ter a ética e a moral como suporte para seus ideais.
Tenho certeza que a população brasileira não suporta mais ver tantas cenas de violência e muitos se sentem e vivem acuados em suas casas.
Termino deixando-lhes uma frase que resume o meu pensamento:

“A criminalidade e a violência são frutos de uma sociedade individualista demais para crer que também é seu dever fazer algo a respeito” (Alessandra Souza).

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

VIDA E MORTE - CONTROVÉRSIAS HUMANAS

            Carlos Alberto, com os seus trinta anos de idade, está no auge de sua carreira de advogado. Respeitado na cidade onde mora e trabalha, casado com uma bela esposa e pai de um lindo casal de filhos. Ele surgiu de uma família católica, onde sempre respeitaram as virtudes cristãs e os dogmas e tradições da igreja. Ele sempre acreditou que a vida é um dom de Deus. Já a sua esposa, Ana Paula, dentista competente e dedicada a família, foi criada por pais discípulos do espiritismo e das coisas esotéricas. Embora não participe de reuniões e cultos, Ana Paula aceita que a vida é uma oportunidade para crescimento do espírito.
            Certo dia, o casal e os filhos viajaram para casa dos pais de Carlos Alberto, numa cidade distante a quatrocentos quilômetros de onde moravam. E, em certo momento da viagem, aconteceu um grave acidente. O carro que levava toda a família foi colidido com um caminhão que vinha em sentido contrário. Todos foram socorridos e levados ao hospital de uma cidade próxima, com ferimentos muito graves. Carlos Alberto fraturou as pernas e acabou tendo amputar a perna direita; Ana Paula quebrou a bacia e teve afundamento craniano. Já os filhos... Acabaram morrendo. Gustavo de dez anos e Ana Letícia de oito anos. Uma tragédia!
            Ao serem informados da morte dos filhos, os pais se desesperaram. Inundaram-se em choros intermináveis e apenas se acalmaram com a aplicação de sedativos pelas enfermeiras do hospital. Passaram-se os dias e Carlos Alberto, ainda transtornado pela perda dos queridos filhos, falou a esposa, que se encontrava no leito ao seu lado:
            “_ Ana, que mundo cruel! Não é justo perdermos duas jóias dessa forma. Por que Deus nos tirou nossos tesouros?” – E caiu novamente num choro arrasador.
            Ana Paula, apesar de desfigurada pela dor física e transtornada pela angústia da morte dos filhos, respondeu:
            “_ Carlos, nunca mais seremos felizes! Só podemos estar pagando um carma de gerações passadas. Por que que tinha que ser com eles? Por que não fomos nós?  - E ela se afundou na sua dor.

            Meus caros, essa pequena história resume a efemeridade da vida e sutileza da morte. Vivemos por um fio! Quem nunca escutou essa expressão?! Ou então: “Para morrer, basta estar vivo!” Através das religiões encontramos respostas para essas indagações sobre a morte. Escutamos: “Existe vida depois da morte!”, “Você morre, mas voltará em outro corpo.”, “A morte é apenas uma travessia.”, “Depois da morte, você ficará no purgatório.”, dentre outras explicações e colocações.

            Mas, a verdade é que ninguém está preparado para a morte. Nascemos, crescemos, vivemos e até envelhecemos esperando dias melhores. E o único prêmio certo que receberemos no final é a morte. Seja você uma pessoa boa ou má, rica ou pobre, nova ou velha, feia ou bonita, branca ou negra, morrerá de qualquer jeito.

            Muitos lutam para garantir a vida e zelam por ela, enquanto que outros lutam para destruí-la. Muitos fazem caridade e boas ações como gratidão ao dom da vida, enquanto que outros roubam, matam e praticam absurdos, revoltados com a sorte em suas vidas.


            Como eu sou católico e acredito no que ela nos transmite, deixo para vocês um pensamento: “Se Deus criou a vida e a morte, estou tranquilo, porque as duas são importantes.”