Parece que estamos “chovendo no molhado”.
Esta expressão define de modo popular, o que presenciamos nos noticiários sobre
a criminalidade e os atos de violência que afloram pelo país afora.
Diante de estatísticas alarmantes, parece
que governo e sociedade estão anestesiados e sem rumo. Vejamos as realidades
que estimulam a violência no nosso país: População trabalhadora desarmada x
criminosos armados até os dentes; Grande índice de crimes x ineficácia ou
insuficiência das penitenciarias; Criminosos com armas avançadas x polícia com
armas obsoletas ou insuficientes; Grande quantidade de prisões e apreensões de
menores x desatualização e ineficiência do Código Penal; Fortalecimento do
tráfico de drogas x falta de políticas para o combate ao crime organizado. Além
dessas realidades, existem outras que colaboram para tornar o ambiente propício
para o aumento da criminalidade, como é o caso das políticas sociais que
ocasionam o desemprego, a desigualdade social e a desordem.
Todos nós que formamos a sociedade
brasileira devemos participar ativamente das soluções para superar esse câncer
que há muito tempo vem desfigurando as famílias e minando as esperanças de
construirmos um grande país. Para isso, uma boa sugestão é a organização de
fóruns nacionais sobre as políticas públicas para combater a violência. Para
tanto, fica imprescindível a participação dos especialistas em segurança
pública, como os profissionais do Ministério Público, Judiciário, Polícia
Militar e Civil, além dos membros do poder executivo e legislativo, e também todos
aqueles cidadãos e cidadãs da sociedade que poderão colaborar para uma busca
qualitativa e eficiente para o combate a violência no Brasil, respeitando as
desigualdades regionais e as realidades dos tempos atuais, além de ter a ética
e a moral como suporte para seus ideais.
Tenho certeza que a população brasileira
não suporta mais ver tantas cenas de violência e muitos se sentem e vivem
acuados em suas casas.
Termino deixando-lhes uma frase que
resume o meu pensamento:
“A criminalidade e a violência são frutos
de uma sociedade individualista demais para crer que também é seu dever fazer
algo a respeito” (Alessandra Souza).