domingo, 28 de junho de 2015

REPORTAGEM DO JORNAL TRIBUNA DE SETE LAGOAS Nº 913

SEM SAÚDE ATÉ QUANDO?
Falar que o sistema de saúde pública no Brasil é precário, rudimentar e a beira da falência é uma redundância da política brasileira. Daí vem uma pergunta: “O país tem condições de investir mais na saúde pública?” Essa resposta deveria vir do clamor popular. Mas, diante da correria do dia a dia, e também de tantas preocupações da vida moderna, preocupar-se com a saúde parece que fica em segundo plano. As pessoas estão tão envolvidas com seus trabalhos, com seus estudos, com seus projetos de uma vida melhor, ou até com seus momentos de lazer, que se esquecem que são seres humanos passíveis de adoecerem. Quando surge uma doença na vida de uma pessoa, independente de sua idade, mais parece um castigo de Deus, do que a negligência em sempre estar cuidando da saúde. Assim, também pensa o governo federal, que prioriza outros setores, que julga serem mais importantes. Será mesmo que a nossa saúde não vem em primeiro lugar? Posso citar aqui, hospitais, postos de saúde sem médicos, sem materiais básicos, sem um selo da ISO ou sem um “padrão FIFA”. Não podemos continuar a brincar com a nossa saúde, com a nossa vida. Ela merece respeito! Até quando iremos presenciar pessoas jogadas em um corredor de hospital ou pronto socorro à espera de atendimento, e que acabam morrendo aos poucos? Lembram da CPMF? Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira. Ela, como está inserida na sua designação, foi criada em 1997 para subsidiar temporariamente a saúde pública e acabou virando mais um imposto a engordar o já inchado sistema tributário nacional até o ano de 2007. O custo médio mensal para quem paga o plano de saúde particular fica em torno de R$500,00 a R$1000,00, não contando com internações e exames mais especializados. Ou seja, fora da realidade para o padrão de renda brasileiro. É preciso criar o Plano de Saúde Pública Nacional (PSPN). Nas Universidades Federais seriam criadas milhares de vagas para os cursos de medicina em várias especialidades, com a cláusula de se tornarem prestadores de serviço público em postos de saúde e hospitais públicos em pelo menos dez anos. Sem ter a necessidade da importação de médicos; Seria criada uma pequena taxa proporcional a contribuição previdenciária para financiar os equipamentos. Um custo adicional, mas que aumentaria sobremaneira o investimento na modernização e manutenção nos equipamentos e materiais para exames, consultas, cirurgias, medicamentos, etc.; aumento do investimento do PIB nacional de 8 para 13% e criação do Estatuto Nacional da Saúde Pública. Com tudo isso, haveria obrigatoriamente a necessidade de se criar hospitais modernos com leitos suficientes para atender toda a população brasileira. Ou seja, o investimento em saúde pública tem que ser prioridade e considerado urgente urgentíssimo. Mais uma vez digo: “Sonhar não é pecado!” Paulo Roberto de Sousa Moraes - escritor
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