“Educai as crianças e
não será preciso castigar os homens” (Pitágoras); “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para
a sua própria produção ou a sua construção”. (Paulo Freire).
Dentro dessas afirmações, diante de tantos erros nos
programas nacionais de educação pública e, usando tantos benefícios da
informática e das tecnologias da informação do mundo atual, atrevo-me a afirmar:
“Podemos mudar a maneira de ensinar, despertando interesse e prazer nos alunos!”.
Muitos perguntariam: “Como?” Então, antes de responder a essa pergunta, venho
mostrar a realidade da educação no Brasil. O país ocupa o 53º lugar em
educação, entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o programa social que
incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças
ainda estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre
15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que
chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela
Educação); 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas
grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela
Educação). E por fim, ainda tem os professores recebendo menos que o piso
salarial.
*PISA = Programme for International Student Assessment
( Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).
Além dessas estatísticas, alia-se também a descontinuidade
de metas públicas para educação, o desinteresse de pais, professores e de
alunos para criar uma educação inovadora, interessante e prazerosa.
Pensando em tudo isso e respondendo a minha pergunta acima,
proponho novos rumos para a educação. Atualmente no ensino fundamental, são
ministradas simultaneamente as matérias de língua portuguesa e matemática no 1º
ao 3º ano; e acrescidas as disciplinas de história, geografia, ciências físicas
e biológicas e ainda educação física e arte a partir do 4º ano. Os alunos
estudam essas matérias ao mesmo tempo e fazem exercícios, trabalhos e
avaliações quase na mesma época. Isso os deixa bastante sobrecarregados e
tensos com a memorização de várias matérias. A proposta é ensinar uma matéria
de cada vez. Vejamos como funcionaria: De quatro turmas de 1º ano do ensino
fundamental, duas estudariam primeiro língua portuguesa e as outras duas
matemática; e depois estudariam o inverso. Assim, os estudos daquela turma
focariam somente sobre uma determinada matéria, usando recursos tecnológicos
como vídeos, data-show, além de buscar uma boa interação em mesas redondas e
formação de pequenos grupos para estudos e debates.
Comparo estudar mais de uma matéria, ao mesmo tempo, como o
trabalhador que tem dois empregos. Ele chegará ao final do dia cansado e
desmotivado para novas ideias. Com a proposta de estudar uma matéria de cada
vez, a educação se tornaria mais atraente, participativa, consciente,
interativa e adequada ao ritmo de vida atual.
Paulo Roberto de Sousa Moraes – escritor
paulosmoraes1000@gmail.com
*Artigo publicado na Coluna ATOS E FATOS ATRAVÉS DAS PALAVRAS do Jornal Tribuna de Sete Lagoas - nº 917 de 25/07/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário