Crônica publicada no Jornal Tribuna de Sete Lagoas em 05 de setembro de 2015:
Não! Você não está lendo um erro
ortográfico! Não quero dizer aqui que falarei sobre o bom do Brasil, mas sobre
o “boom” do Brasil. A palavra boom (bum), de origem inglesa, significa
crescimento acelerado nos negócios ou na aceitação de um produto; período de
expansão da economia; uma súbita elevação nos preços.
Após anos de inflação e hiperinflação,
o Brasil renasceu em 1994 com o “Plano Real”. Foram necessários muitos
sacrifícios, ajustes, reajustes e mudanças profundas nas estruturas econômicas,
políticas e sociais do país, para tornar o país viável. E, assim, o Brasil
conseguiu ressurgir de uma crise financeira sem precedentes. Em 1992, a inflação anual
medida pelo IPC (índice de preços ao consumidor) era os inacreditáveis
1.119,101%. Em 2002 a
variação da inflação atingiu 12,53% anual e em 2003 ficou em 9,3%. Em 2006 chegou ao seu menor índice: 3,14% em
dozes meses. E a previsão para esse ano é de 8,2%.
Para o Brasil, que hoje é considerado como um
dos países emergentes na economia mundial, estamos enfrentando uma pseudo-crise
estimulada por fatores internacionais e, principalmente, por desordens
internas. E a principal propaganda a favor dessa crise no Brasil são os
escândalos na Petrobrás e a revelação que o tarifaço (aumento exorbitante das
contas públicas, como energia elétrica e combustíveis) foi lançado após as
eleições, como uma estratégia do governo para continuar no poder, mesmo
maquiando a precariedade que se encontrava a economia na ocasião. Ou seja, além
do desacerto econômico, o que já é muito sério, se junta à falta de
credibilidade no governo.
Na pesquisa IBOPE de 01/07/2015, a presidente
Dilma Rousseff obteve a reprovação do seu governo em 68% dos entrevistados.
Maior índice de rejeição desde a redemocratização do país. Mas, afinal, o que
fazer para o país sair dessa crise financeira? Baseado na experiência de outras
épocas e de outros países, a primeira providência seria o “apertar o cinto”
contra as despesas públicas e procurar zerar o déficit do governo. Em segundo lugar,
deverá criar um cenário de confiança, otimismo e atrativos para os investidores
nacionais e internacionais. Não se melhora uma situação financeira sem capital.
E para que isso possa dar certo, será necessário escolher pessoas capacitadas e
planos adequados para buscar o equilíbrio econômico do país. Porém, uma coisa é
certa, no momento: “não se deve desesperar com os problemas e devemos sim buscar
alternativas para superar a adversidade econômica”. Exemplos: a carne bovina de
primeira está cara, troque-a pela de segunda ou de frango; a conta de energia
está mais cara, diminua o uso de aparelhos elétricos e desligue sempre lâmpadas
desnecessárias; o plano de telefone ficou mais caro, migre para um mais barato;
e assim por diante.
“Economia, frequentemente, não tem
relação com o total de dinheiro gasto, mas com a sabedoria empregada ao
gastá-lo” (Henry Ford).
Paulo Roberto de Sousa Moraes -
escritor
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